segunda-feira, 11 de junho de 2012

O PERDÃO E A CURA

“Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também  vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens (as suas ofensas), tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14-15).
Muitas pessoas têm sido prejudicas por familiares, sócios ou amigos, e buscam justiça, e como acreditam que a justiça deve ser buscada. E se não for feita justiça dentro dessas circunstâncias, elas se tornam amargas e cheias de ódio. Muitos desses indivíduos podem ter sintomas físicos que podem ser diretamente relacionados com essa atitude de rancor. Eles criam uma raiz de amargura que produz toxinas que passam ao seu organismo, e assim começam a sofrer distúrbios mentais e físicos.
- Mas eu estou com a razão! Disse-me certa vez uma senhora a quem mencionei o que acabo de explicar. Meu marido é o culpado. Eu o detesto.
- Está bem, irmã, repliquei, mas é a senhora quem está sofrendo e ficando aleijada com essa artrite.
Quando somos prejudicados de uma forma ou de outra, temos que perdoar. Mesmo que nosso ofensor não nos peça perdão, precisamos perdoá-lo.
Jesus é o exemplo perfeito desse fato. Quando Ele estava pregado na cruz, ninguém lhe pediu perdão; pelo contrário, eles estavam zombando dEle e o atormentando. Mas Ele disse: “Pai, perdoa-lhes.“ Portanto, o perdão não é um ato opcional; é um mandamento. Não é uma ação que praticamos ocasionalmente; é a maneira como vivemos diariamente. Quando perdoamos uma pessoa que nos causou algum mal, estamos permitindo que o Espírito Santo coloque convicção de erro naquele que nos prejudicou. Nada escapa aos olhos de nosso Pai celeste. Ele conhece todas as intenções, as motivações do coração. O Espírito Santo pode convencer de pecado, da justiça e do juízo.
Bem, voltemos à nossa história. Aquela senhora que estava em meu gabinete era casada havia vários anos. O marido a abandonara, e vivia com outra mulher; e essa irmã estava passando por sérias dificuldades, pois tivera que assumir o sustento dos filhos. Agora estava ali, querendo cura para sua paralisia. O Espírito Santo orientou-me para que lhe perguntasse:
- A senhora já perdoou seu marido?
- Não; não posso! Eu o detesto! Respondeu chorando, sem conseguir controlar as lágrimas.
- Mas a senhora tem que perdoá-lo, continuei. Assim seu coração ficará livre dessa amargura, que está impedindo que seja curada. E liberará o Espírito Santo, para que opere na vida dele.
Instantes depois ela resolve perdoá-lo e voltar ao “Monte da Oração” para jejuar e orar. No domingo seguinte, após um de nossos cultos, ouvi alguém bater à minha porta. Convidei a pessoa para entrar, e vi um homem de aparência muito séria, acompanhado de uma senhora.
- Pastor, disse ela, este é meu marido, por quem temos estado orando.   
A mulher mal conseguia conter as lágrimas, ao virar-se para ele e dizer:
- Conte ao pastor o que aconteceu.                                          
- Pastor Cho, disse ele, será que Deus poderá perdoar-me? Sou um grande pecador.
Em seguida ele narrou o que se passara:
- Há uma semana, comecei a ter uma profunda sensação e culpa, quando estava em casa, com a outra mulher. Não conseguia suportar a pressão interior que sentia. De repente, comecei a pensar na minha esposa e filhos que abandonara. E não conseguindo me livrar do senso de culpa que sentia, pensei em suicidar-me. Quando chegou o domingo, resolvi vir à igreja, com a esperança de receber perdão e me sentir melhor. Ali então vi minha esposa sentada do outro lado do salão. Naquele momento, resolvi pedir perdão a ela e a Deus. Será que Deus poderá perdoar-me?
- Claro, ele pode perdoá-lo, respondi.
Em seguida, orientei-o para que fizesse uma oração, e ele aceitou a Jesus Cristo como seu Salvador. Que alegria maravilhosa ver aqueles dois novamente unidos em Cristo Jesus. Aquela mulher continuou a jejuar e orar, e mais tarde pôde sair de sua cadeira de rodas, completamente curada. Mas ela já fora curada interiormente, por causa do perdão, antes mesmo de ser curada fisicamente, pela cura divina. Não quero dizer com isso que todas as pessoas que estão aleijadas ou com algum empecilho estão sofrendo devido a problemas de rancor. Contudo, muitas poderiam ser curadas se apenas se dispusessem a aprender a perdoar.
Se você, leitor, tem dificuldade em perdoar alguém, não deixe que seu orgulho tome conta da situação e impeça que você obedeça à Palavra de Deus. Tome logo a decisão de caminhar a segunda milha, e abandone sua atitude de auto-afirmação, perdoando aquela pessoa. Aí então experimentará uma grande liberação, ficará livre das sensações de hostilidade para com o outro, e se sentirá muito melhor. Deus resiste aos soberbos, mas concede graça aos humildes. Portanto, se percebe que não está gozando da graça de Deus com abundância em sua vida, pode ser que esteja se firmando mais em seu orgulho do que na graça do Senhor. O que você ganharia com isso? Apenas amargura, ressentimento e, talvez enfermidade. “E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e ore uns pelos outros para serdes curados...” (Tg 5.15-16).
Hoje em dia os psicólogos, médicos e psiquiatras afirmam que a atitude mental de seus pacientes tem um peso muito grande na cura deles. Esta é a hora em que a Igreja, o Corpo de Jesus Cristo, deve ser curada. A atitude de Deus está explícita na terceira carta de João: “Amado, acima de tudo faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma” (3Jo 2).  O segredo para se obter prosperidade espiritual e material está relacionado com a prosperidade da alma (mente), obtida pelo perdão. Assim vemos que o jejum e a oração, somados a um espírito de perdão, resultarão em melhores condições de saúde para a Igreja. Desse modo, este veículo que Deus escolheu para trazer o avivamento ao mundo, se tornará um instrumento útil e saudável nas mãos do Espírito Santo.
Neste tempo, nos encontramos diante de um grande desafio e também de uma grande oportunidade. O que precisamos é de pessoas mais consagradas – mais dispostas a perdoar, sacrificar-se, a obedecer e a comprometer-se profundamente com Deus. Já me coloquei à disposição do Espírito Santo para fazer o que estiver ao meu alcance, no sentido de ser um instrumento para vermos um avivamento e o crescimento da Igreja na terra. Você quer se colocar ao meu lado?”
Mq 7.19
Autor: Paul Y. Cho, Oração A Chave Do Avivamento, p. 51-52

Nenhum comentário:

Postar um comentário