sexta-feira, 17 de agosto de 2012

157 ANOS DE CONGREGACIONALISMO BRASILEIRO

Neste sábado dia 18/08/2012 estaremos comemorando os 157 anos de evangelismo pátrio nas dependências do clube Tamoio em São Gonçalo-RJ.
É motivo de grande alegria não sómente para nós congregacionais, mas para todas as denominações evangélicas, que tiveram a porta aberta para se instalarem no Brasil após a vitória alcançada pelo missionário Robert Reid Kalley. Em especial os nossos irmãos presbiterianos, batistas, assembleianos e metodistas, que vieram logo em seguida para o nosso torrão brasileiro a fim de propagarem o evangelho genuíno do Senhor Jesus Cristo de Nazaré.
A vitória alcançada por Robert Kalley foi debaixo de muito trabalho, suor, lágrimas, dor e sofrimento de todo tipo. As perseguições contra o Dr. Kalley foram constantes, durante muitos anos, inclusive, com perigo de vida para o casal Kalley e demais obreiros que se engajaram na mesma batalha.
Vários livros narram os acontecimentos daquela época, dando detalhes da violência que se praticava contra os servos de Deus. Vou citar abaixo, um pequeno trecho extraído do livro: O PROTESTANTISMO, A MAÇONARIA E A QUESTÃO RELIGIOSA NO BRASIL escrito por David Gueiros Vieira, lançado pela Editora Universidade de Brasília, 2ª edição - 1980, pág. 133:
"Dr. Robert Reid Kalley natural de Mount Floridan, na Escócia, de onde peregrinou pela ilha da Madeira, por Jacksonville em Illinois, e Petrópolis, até perto do dia em que partiu do Brasil, tinha um modo todo particular de alfinetar os ultramontanos nos seus pontos mais sensíveis. Sua presença no Rio, em 1861, tinha causado grandes tumultos na casa de cultos dos protestantes; sua presença em Niterói em 1864 ocasionou motins noturnos nos quais ele quase perdeu a vida. Por fim, enquanto o Bispo de Olinda estava sob julgamento no Rio de Janeiro, o Dr. Kalley se apresentou no Recife para realizar diversas cerimônias de casamento, o que precipitou novos motins e violências das quais ele e a mulher salvaram-se porque uma pessoa bondosa deu-lhes asilo, enquanto estavam sendo apedrejados na rua, como será estudado mais adiante. Sua contribuição a várias reinterpretações das leis brasileiras sobre a liberdade religiosa não pode ser negada. Sua ingerência nas lutas entre os liberais e a Igreja foram bem reais. Sua contribuição para a luta pelas liberdades civis no Brasil merece um estudo melhor do que o deixado pelo seu filho adotivo, Dr. João Gomes da Rocha."

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